terça-feira, 14 de abril de 2009

Aquilo

Os nossos caminhos foram marcados.
Aqueles dias, quando nós sonhávamos juntos,
nunca me deixaram.
Na fantasia, aonde nossos corpos não pesavam,
construimos castelos de areia que nem o oceano pode apagar.
E agora, aqui estou eu.
Negando a realidade que acabou com nossos sonhos.
E agora, aqui estou eu.
Sozinho.
E por mais que eu queira fazer alguma coisa, eu sei que não devo.
Porque esse nosso amor não é como o das pessoas normais.
É ilusão, pó de nossas infâncias. Puro demais para existir em um mundo desses.
Por isso, apesar de ser chamado de sonhador, eu fecho meus olhos para o que esses humanos chamam de amor.
E me torno relicário deste sentimento etéreo e infantil que nós sentimos um pelo outro quando nossas almas ainda não tinham sido manchadas.