Os nossos caminhos foram marcados.
Aqueles dias, quando nós sonhávamos juntos,
nunca me deixaram.
Na fantasia, aonde nossos corpos não pesavam,
construimos castelos de areia que nem o oceano pode apagar.
E agora, aqui estou eu.
Negando a realidade que acabou com nossos sonhos.
E agora, aqui estou eu.
Sozinho.
E por mais que eu queira fazer alguma coisa, eu sei que não devo.
Porque esse nosso amor não é como o das pessoas normais.
É ilusão, pó de nossas infâncias. Puro demais para existir em um mundo desses.
Por isso, apesar de ser chamado de sonhador, eu fecho meus olhos para o que esses humanos chamam de amor.
E me torno relicário deste sentimento etéreo e infantil que nós sentimos um pelo outro quando nossas almas ainda não tinham sido manchadas.