Sou prima-ballerina dançando uma coreografia sem nome, no ballet da vida.
Passos improvisados, que rasgam o ar.
O corpo se agita e as vezes, parece voar.
A música que me possui, que me guia, A música da minha própria poesia.
Ouvindo a mim mesmo, eu descubro uma peça inédita. E nela me torno protagonista.
Eu não sei como acaba, eu não sei qual o próximo ato.
Eu apenas danço, sem ensaio ou bis.
No final de cada grande dança, não há aplausos.
Não a ninguém para me dizer se fui bem ou se fiz algo errado.
Isso porque não há platéia nesse teatro.
Só um espelho.