Eu não tenho um corpo. Tenho uma dúvida, um ponto-de-interrogação.
Sou uma reunião inconciliável de opostos desde o dia que nasci.
As vezes acho que serei assim até o dia da minha morte.
As vezes eu me iludo, outras vezes sonho.
Mas a dúvida sempre permanesce, confusa, quente e áspera.
Me deixando inquieto e sem descanso, entre um corpo e uma almaque se agridem.