terça-feira, 14 de abril de 2009

Equilibrismo

Vivo a tensão.
Vida de equilibrista na corda-bamba.
Tentando equlibrar o desequilibrio.
Tentando equilibrar o meu eu com o mundo.
Cada final de dia é o fim de uma batalha.
Mas a guerra é infinita.
Cada dia que acordo é mais um espetáculo.
De equilibrismo.
Não há intervalo.
E a platéia não têm senso-de-humor.
Eles não querem saber do riso, do choro, da mágoa e do medo.
Para eles, o mundo é aquele momento. Aquela corda.
E são eles quem me empurram para o palco, sem que eu compreenda o porque do show.
Durmo e acordo em paranóia, tentando estar sempre um passo a frente de todos.
E as vezes, eu até consigo. Mas seja vitória ou derrota, o resultado é o mesmo: o show deve continuar.
Há sempre outra corda no final da corda.